Copom: a elevação percentual da taxa básica de juros

Na quarta-feira, dia 29/01, em decisão unânime, o Banco Central aumentando em um ponto percentual a taxa básica de juros da economia, elevando a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Essa elevação da Selic para 13,25% ao ano era aguardada pelo mercado financeiro

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) chefia pelo novo do BC, Gabriel Galípolo, indicado pelo Presidente da República para o cargo. A decisão mantém a série de altas da taxa de juros. À vista disso com o crescimento da inflação no Brasil, o Copom antevê que possa haver uma nova alta na Selic na próxima reunião.

Essa decisão impacta diretamente empresas que vendem a prazo no boleto e realizam análise de crédito. O custo do capital em resultado da alta da taxa básica de juros, isso torna o crédito mais caro e reduz a liquidez no mercado. Isso representa maior risco de inadimplência para empresas que vendem no boleto e fazem análise de crédito, pois os clientes podem ter dificuldades para honrar com seus compromissos.

Acompanhe o conteúdo para saber mais sobre o aumento na taxa básica de juros. Boa leitura!

O que é o Comitê de Política Monetária (Copom)?

Um órgão do Banco Central, o Comitê de Política Monetária (Copom), formado pelo Presidente e diretores que define a taxa básica de juros da economia do Brasil (Selic) a cada 45 dias. O colegiado possui autonomia operacional do BC sendo válida desde 2021, que foi aprovada pelo Congresso Nacional, com os diretores passando a ter mandato fixo.

O calendário de reuniões do ano é divulgado até o mês de junho do ano anterior. Dessa forma, as reuniões costumam acontecer em dois dias seguidos. Com a decisão sendo fundamentada em embasamentos técnicos que tratam sobre a evolução e perspectivas da economia nacional e mundial.

A tomada de decisão do Comitê é baseada na avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos associados. Após as discussões, todos os membros do Copom que estão presentes na reunião votam e seus votos são divulgados. Assim, na reunião desta quarta-feira, os nove diretores votaram, que resultou em uma decisão unânime.

Selic: o curso da taxa básica de juros durante o ano

A previsão é que o processo de alta continue nos próximos meses, dependendo do comportamento da inflação, conforme o comunicado da reunião. Mais precisamente, o Comitê reforçou que a magnitude completa do ciclo de aperto monetário será ditada pela convergência da inflação à meta, e assim dependerá da evolução da inflação.

A taxa básica de juros é o elemento central para que o Banco Central tente controlar a inflação. Ou seja, a taxa Selic é definida pelo Copom. Isso porque os juros influenciam no consumo e crédito.

Dessa forma, o aumento da Selic reduz o consumo, pois quando a inflação está elevada, o Banco Central aumenta os juros para tentar conter o consumo e pressionar a diminuição dos preços. Em outro cenário de inflação baixa, por exemplo, o BC diminui a taxa básica a fim de incentivar a atividade econômica nacional e consumo.

A Selic também afeta todas as taxas de juros. Assim, as taxas que são cobradas em empréstimos, aplicações financeiras ou financiamentos estão ligados à variação da taxa básica.

A pressão da inflação

Conforme a explicação, a taxa de juros é uma ferramenta do Banco Central para tentar conter a pressão inflacionária, que os efeitos impactam na população. Resumindo, se as projeções estão conforme as metas, os juros podem baixar. E se estão acima, a tendência é subir ou manter.

A partir de 2025, o objetivo é de 3%, com o início do sistema de meta contínua que será considerado cumprido se a inflação variar entre 1,5% e 4,5%.

Para definir a taxa de juros, o BC olha para as projeções da inflação. Isso porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a dezoito meses para impactar diretamente na economia.

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Projeções para o futuro

O Banco Central tem mirado na meta já considerando o primeiro semestre de 2026. Com isso, para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação está entorno de 5,5%, 4,22%, 3,90% e 3,73%. Assim, ultrapassando a meta de 3%.

À vista desse cenário, a análise de crédito ter mais critérios, contando com informações atualizadas, como:

  • Histórico de pagamento;
  • Restrições;
  • Dados de mercado.

Essa análise criteriosa é fundamental para reduzir riscos sem comprometer as vendas. Diante das estratégias como negativação inteligente e monitoramento contínuo da carteira de clientes, ajudando a mitigar possíveis prejuízos.

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