A 34ª edição do Febraban Tech 2024 apresentou temas importantes e de grande relevância durante as palestras e workshops do evento. Desse modo, trazendo como pano de fundo e baseando-se no tema central sobre “A Jornada Responsável na Nova Economia da Inteligência Artificial”. Para esta edição, o Febraban Tech procurou dar destaque as preocupações dos bancos e de todo o setor sobre como eles estão utilizando os novos recurso de IA de forma consciente.
Em vista disso, a ocasião contou com a presença de lideranças notáveis do setor financeiro e da tecnologia que puderam discursar sobre as inovações tecnológicas e de práticas adotadas pelas instituições financeiras no cenário atual do mercado.
Continue a sua leitura e venha conferir os principais destaques do evento!
Trabalho feito em conjunto e multidisciplinar
O painel sobre “Fraude: novas ameaças, inteligência artificial e impactos no panorama antifraude”, aconteceu no workshop na sala A, teve a presença de representantes de organizações bancárias, entre eles do Nubank, a Fabiola Marchiori. Contextualizar e entender o funcionamento da tecnologia tornou-se fundamental para a criação de uma base estrutural sólida na formação de métodos de prevenção. E que a engenharia social ainda está do lado das instituições e não ao lado do fraudador.
Foi acentuado que as medidas de prevenção devem ser desenvolvidas em conjunto entre as instituições financeiras, de forma multidisciplinar, em parceria com o Governo Federal e outras esferas do serviço público e privado. Atualmente, um exemplo de colaboração citado foi a Resolução 6 do Bacen, que estabelece o “compartilhamento de informações e dados sobre indícios de fraudes”, como uma ponte importante no compromisso único com a prevenção.
Personalização do serviço como destaque
A palestra, “Transformação digital e inovação com nuvem: cases do Branco do Brasil”, no Palco Febraban Case, contou com uma conversa sobre como é difícil fazer uma separação entre IA e proteção de dados, porque a tecnologia está integrada em diversas camadas, como:
– Biometria;
– Verificação de documentos;
– Análise de dados.
Á vista disso, como acontece com toda nova tecnologia, o IA apresenta mais benefícios que malefícios para a sociedade. Na demanda dos sistemas oferecidos, por exemplo, a hiper personalização de serviços trará melhorias na experiência do cliente. Contudo, a preocupação com segurança digital torna-se necessária com os atos de deepfake e fake news que colocam em risco a integridade do cliente e das instituições financeiras.
O futuro dos bancos
A conversa sobre “O banco em 2030”, no espaço Auditório Inovação & Novos Negócios, foi conduzido pelo Carlos Benites do BMP. Foi discursado sobre como os bancos têm procurado novos meios de servir os seus produtos e serviços para além das agências bancárias.
O futuro trará, na perspectiva de Benites, um novo ecossistema que conforme um dado apresentado pelo mesmo durante a palestra, cerca de 72% dos CEOs Globais concordam que os serviços serão consumidos em plataformas não financeiras. Com o banco hiper conectado com a ascensão do Embedded Banking, com os bancos presentes em um ambiente não bancário com a presença de outros tipos de segmentos comerciais com sistema blockchain.
Ser o produto principal
A palestra “O uso de dados alternativos no combate a fraudes, na concessão de crédito e na principalidade”, no Auditório Inovação & Novos Negócios, trouxe dados interessantes sobre o brasileiro interagir, ser cliente, em média, de mais de quatro instituições bancárias. E que cerca de 28% dos compradores tiveram pelo menos uma de suas transações negadas pelo banco. Assim, utilizando nome de terceiros, como de familiares, para ter acesso ou ao limite ao crédito desejado.
Sendo assim, a hiper personalização através de IA, apresentará um conjunto de dados complementares que levam a compreensão de determinado cliente, facilitando o oferecimento de ofertas e benéficos que fazem sentido.
A tecnologia como um auxílio
No Auditório Febraban (Azul), a palestra “Inteligência aplicada para entender e fidelizar o cliente”, começou com a seguinte frase “o 1% é o 100% de alguém”. O centro da conversa foi sobre a integração da tecnologia como um auxiliador na hora de compreender a situação do cliente e na extração de informações para entregar a melhor hiper personalização contextualizada no serviço. Pois, a personalização oferecida tem que comunicar-se bem com clientes de diversos segmentos, sendo eles da Classe A, B, C ou D. E que o cliente tem estado mais exigente com as experiências de atendimento e entrega de serviço, pois ele tem tido outros tipos de experiências. Ou seja, o seu termômetro de aceitação e avaliação tem novas diretrizes. Dessa forma, o elo entre o cliente e instituição será baseado na confiança entre ambas as partes.
O objetivo da personalização
O diálogo do painel “Além dos dados: a personalização com propósito”, no Auditório Febraban (Azul), foi sobre a expectativa do cliente em relação ao bom atendimento. O público tem outras experiências com personalização como os aplicativos de música e filmes direcionados ao indivíduo, por exemplo. O objetivo destacado da hiper personalização é centralizar o serviço e ser multicanal. Além disso, compreender que a IA em conjunto com o trabalho humano, ajudará na tomada de melhores decisões.
Com temas que enfatizam a inovação e segurança no meio digital, os principais destaques do Febraban Tech 2024 revelaram como o ambiente financeiro está diferente do passado ao adaptar-se às mudanças provocadas pela tecnologia. Assim, reforçando que o mercado financeiro tem procurado cumprir o seu papel no uso seguro das novas tecnologias no cenário atual.
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