Deepfake: como essa tecnologia afeta as empresas

O avanço da tecnologia tem possibilitado novas formas de disseminação de informações e também de desinformações. Entre essas inovações, uma tem ganhado destaque: o deepfake. Segundo dados divulgados pela CNDL, 70% das empresas acreditam que os ataques com deepfakes criados por inteligência artificial terão alto impacto.

Dessa forma, essas ferramentas de IA, que funcionam por meio de processamento de linguagem natural, podem programar bots para interagir em redes sociais e com usuários. A inteligência artificial generativa, por sua vez, pode criar histórias com narrativas falsas, mas completamente convincentes.

Essas narrativas são produzidas em diferentes formatos de textos, imagens e vídeos sintéticos, representando riscos aos direitos individuais, como a honra, o direito à informação e o uso indevido da imagem.

Acompanhe o conteúdo e entenda como o deepfake estão afetando as empresas. Boa leitura!

O que é deepfakes?

Basicamente, o termo “deepfake” resulta da combinação entre deep learning (aprendizado profundo) e fake (falso). Ainda não existe uma palavra exata para o português, mas a sua tradução livre se aproxima da “falsidade profunda”.

Assim, trata-se de uma técnica que utiliza recursos de inteligência artificial com finalidade nociva, como a substituição de rostos em imagens e vídeos em alta qualidade, com o objetivo de enganar ou disseminar informações falsas.

Como funciona o deepfake?

Segundo dados de uma pesquisa divulgado pelo DataSenado, 24% da população brasileira já foi vítima de golpes digitais. À vista disso, esse dado mostra como a tecnologia tem sido usada de maneira recorrente para aplicar fraudes.

A deepfake mais sofisticada é criada por meio de técnicas de redes adversarias generativas (GANs), nas quais dois algoritmos competem entre si. Assim, sendo que um cria o conteúdo falso e outro tenta detectá-lo. Esse processo constante resulta no treinamento do algoritmo para a criação de conteúdos mais realistas.

Com isso, a inteligência artificial se torna uma ferramenta central para a fraude, sendo usada para gerar imagens, vídeos e áudios fraudulentos, a partir da modificação de elementos visuais e sonoros, como:

  • Troca de rostos;
  • Alteração de cenários;
  • Substituição ou sobreposição de vozes;
  • Geração de conteúdos visuais e sonoros sob comandos.

Quais são os principais tipos de deepfakes?

Os deepfakes podem assumir diferentes formatos, seja por meio de técnicas ou o uso de diferentes modalidades da tecnologia. Desse modo, entre os principais tipos, destacam-se:

Substituição de rosto: essa ação fraudulenta consiste na troca de um rosto por outro em imagens ou vídeos;

Geração de áudios: criação de áudios semelhantes á voz de uma pessoa real;

Adulteração da voz: manipulação dos movimentos da boca para sincronizar com áudios falsos;

Manipulação de vídeos: consiste em criar vídeo realistas com substituições de rostos ou corpo inteiro;

Criação de perfis em redes sociais: são criados perfis falsos em redes sociais para a aplicação de golpes de phising, com objetivo de obter dados pessoais.

Para quais fins são usados essa técnica?

Embora existam aplicações legítimas da tecnologia, o deepfake têm sido usado para fins ilícitos e para a disseminação automatizada de desinformação, como:

  • Fraudes e golpes: os criminosos usam essa tecnologia para aplicar golpes e fraudes que podem prejudicar e até mesmo desestabilizar as instituições. Assim, gerando grande impacto a marca das empresas;
  • Manipulação eleitoral: nesse caso, acontece a criação e divulgação de vídeos falsos de candidatos e líderes políticos;
  • Fraude de identidade: por meio da tecnologia é criado identidades falsas para se passar por outra pessoa;
  • Manipulação por meio da engenharia social: uso de vídeo ou áudios falsificados para enganar cidadãos com informações falsas e manipuladoras.

Como identificar deepfakes?

A detecção de deepfake pode variar conforme a técnica utilizada. Desse modo, alguns são tão sofisticados que exigem o uso de tecnologias especializadas, como as soluções antifraude da Credits.

Ainda assim, há sinais que podem ajudar na identificação:

  • Diferença entre o tom de pele do rosto e do corpo;
  • Falta de naturalidade nas expressões faciais;
  • Sincronia imperfeita entre lábios e fala;
  • Assimetria do rosto;
  • Anomalias em sombras, fundos e proporções da imagem

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Por que é importante as empresas estarem atentas?

Ainda não existem legislações no Brasil voltadas exclusivamente a deepfakes. Contudo, o uso ilegal dessas falsificações pode infringir dispositivos da LGPD e de outras leis, assim como as que tratam de difamação e danos morais e uso indevido de imagem.

Por isso, é fundamental que as empresas estejam atentas às formas de atuação dos deepfakes, pois fraudadores podem utilizar esses meios para obter vantagens indevidas, prejudicando o seu negócio.

Uma estratégia eficiente é combinar tecnologias como a documentoscopia e outras soluções antifraude da Credits. Dessa maneira, ao unir ferramentas inteligentes com boas práticas de segurança, é possível fortalecer os processos de verificação e garantir a autenticidade de documentos.

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