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Panorama do Comércio: os principais resultados do primeiro semestre de 2024

Panorama do Comércio: os principais resultados do primeiro semestre de 2024

No Panorama do Comércio de agosto de 2024, divulgado pela CNDL, foi apresentado um relatório mensal com compilado que possui os principais dados referentes ao setor de Comércio e Serviços no primeiro semestre do ano. O relatório inclui dados de pesquisas realizadas pela CNDL/SPC Brasil e de outras instituições governamentais do setor.

Os dados mostraram que o primeiro semestre de 2024 foi positivo para o desempenho das vendas no comércio, conforme o IBGE. Comparando o período de janeiro a junho de 2024 com o mesmo período de 2023, observou-se avanço de 4,3% nas vendas do varejo ampliado e de 5,2% no comércio varejista.

Desempenho do comércio
O desempenho do comércio no primeiro semestre apresentou crescimento significativo.

Os fatores que têm contribuído para esses resultados são os avanços da renda média dos brasileiros junto com a queda do desemprego que tem sido consistente. Além disso, o crescimento do PIB, acima do esperado, também tem refletido positivamente e a inflação está voltando ao teto da meta.

Continue leitura do conteúdo para saber mais sobre os dados do panorama.

Segmentos do varejo

Primeiro semestre das vendas do varejo

O comércio varejista apresentou um desempenho bastante positivo, de acordo com o IBGE, no primeiro semestre de 2024. O setor vendeu mais em todos os meses do primeiro semestre deste ano em comparação aos mesmos meses do ano anterior.  

Os segmentos que se destacaram com maior alta nas vendas foram “Artigos médico e farmacêuticos” e “Veículos, motocicletas e peças”. Os demais segmentos apresentaram os seguintes crescimentos:

– Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 7,7%;

– Hipermercados e supermercados: 6,0%;

– Materiais para escritório: 3,0%;

– Móveis e eletrodomésticos: 2,5%;

– Material de construção: 2,0%;

– Tecidos, vestuário e calçados: -0,4%.

O segmento de “Combustíveis e lubrificantes” registou média de -1,9%, enquanto os segmentos de “Atacadista de alimentos e bebidas” e “Livros, jornais, revistas e papelaria” apresentaram queda, com -6,5% e -7,6%.

As projeções para mercado de crédito

Em comparação com 2023, o saldo de crédito destinado às Pessoas Físicas (PF) cresceu 4,8%, atingindo R$ 3,69 trilhões. Para Pessoas Jurídicas (PJ), o saldo de crédito teve crescimento de 2,4%, totalizando R$ 2,33 trilhões.

Analisando o volume mensal de concessão de crédito, foi observado que, no mês de junho de 2024, foram concedidos cerca de R$ 585,9 bilhões em empréstimos e financiamentos. Dessa forma, notando-se um aumento significativo no volume de concessões a partir de março de 2024.

Mercado de crédito

De acordo com as projeções da FEBRABAN, a tendência é que essa expansão de crédito seja mantida, com previsões de crescimento de 9,2% no crédito livre para Pessoas Físicas e de 8,3% no crédito livre para Pessoas Jurídicas. Isso indica uma aceleração no ritmo de crescimento do crédito para os próximos meses.

Mercado de trabalho e cenário da inadimplência

O saldo de vagas formais criadas no primeiro semestre de 2024 chegou a 1,3 milhão, de acordo com dados divulgados pelo CAGED. Esse número representa um crescimento de 26,2% em relação ao saldo de vagas criadas no mesmo período de 2023, que foi de aproximadamente 1,03 milhão.

Mercado de trabalho

Conforme os dados da CNDL/SPC Brasil em parceria com a Offerwise Pesquisas, realizadas com brasileiros residentes nas capitais do país com contas em atraso há pelo menos três meses, cerca de 35% dos inadimplentes não realizam o controle das contas e gastos. Os itens que os consumidores mais costumam controlar são:

– Despesas essenciais como mantimentos, luz, água, aluguel, condomínio, mensalidades (87%);

– Rendimentos considerando a soma de todo dinheiro que recebe (84%);

– Prestações de compras a serem pagas (78%);

– Gastos não essenciais como lazer, roupas, presentes, entre outros (63%).

Inadimplência de Pessoas Físicas

Inadimplência de Pessoas Físicas

Segundo dados do SPC Brasil e da CNDL, o número de negativados em território nacional ficou estável em comparação com os meses de junho e julho de 2024.  Assim, estima-se que o número de negativados seja de 67,98 milhões, representando cerca de 41,25% da população adulta.

Na comparação anual entre julho de 2024 e julho de 2023, o número de negativados cresceu 0,38%, após apresentar queda nos meses anteriores. Além disso, o número de dívidas em atraso cresceu 2,25%.

Leia também – Cenário da inadimplência: a importância da gestão de cobrança no seu negócio

Inadimplência de Pessoas Jurídicas

Inadimplência de Pessoas Jurídicas

Já o indicador da inadimplência de Pessoa Jurídicas revelou crescimento de 4,2% no número de empresas negativadas entre julho de 2024 e julho de 2023. O número de dívidas aumentou 5,49% na mesma comparação. O indicador mostra que as empresas negativadas estão com atrasos em média a 25,8 meses. Entre elas, 8,8% estão negativadas há menos de 90 dias, enquanto 45,5% possuem atrasos que variam de 1 a 3 anos. Em média, cada empresa negativada possui 1,7 dívidas ou credores diferentes.

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